Eu adoro a capacidade que tenho de atuar sentimentos. Nunca senti nem uma pontada de amor ou carinho pelos meus pais, nunca foram minha segurança, mas consigo convencê-los do contrário.
Adoro isso.
É a maior facilidade do mundo manipular gente sensível.
Eu adorava machucar animais quando criança. Adorava o miado de desespero do gato quando eu o erguia pela cauda. Matar a galinha e despejar seu sangue nos filhotes. Eu ria com as reações deles.
Minha infância não foi normal, definitivamente. Meu florescimento sexual foi extremamente precoce. Com cinco anos eu já estava vendo pornô. Com oito eu já me masturbava furiosamente: chegava a 10 vezes por dia, parava o que estava fazendo para ir ao banheiro.
Ah... Eu adoro falar de mim. Falar sobre a minha superioridade. A verdade está tão enterrada que eu nem mesmo lembro quem sou às vezes. No entanto, minha verdadeira identidade aparece quando vejo sofrimento ou imponho medo. É delicioso. Eu tenho o maior prazer do mundo em te ver sangrar. Eu amo a sua cara de preocupação quando falo que estou mal. Você me dá a mão, mas eu engulo até seus ombros. A humanidade é meu instrumento e sempre irei querer mais e mais, até restar uma versão anêmica de ti.
E não pense que irei mudar.
Eu já tentei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fala aí, manolo