Estou preso no banheiro
Sem conseguir encarar a face da humilhação
A face que me olha como se eu fosse uma aberração
Sem palavras, o sangue escorrendo fala por mim numa linguagem muda
Eu não acredito num novo amanhã
O que você fez para merecer isso?
O que o escuro da perdição lhe diz sobre aquela alucinação?
A sua doce infância
Repleta de pétalas de rosa
E as rosetas de água que escorrem ao seu nascimento
Você lembra da alegria?
O mundo estraga
Apodrece e te leva junto
Aquela sua inocência levada embora
Substituída pelo olho da solidão
O coração da sua mãe floresce em felicidade
Ela acreditava em seus vários anos de vida
Ela acreditava que não seriam interrompidos
Doce mentira
O rosto do estuprador
Você lembra muito bem
O sorriso e o toque salgado do desespero
O que te faz ter ódio dele?
A vontade de agradecer aos seus amigos só faz aumentar
O veneno à sua frente te faz pensar
Eu achei amigos bons e verdadeiros
Eu encontrei problemas pelo caminho
Eu encontrei o caminho da doença
E eu não sei se encontrarei o sol amanhã
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Fala aí, manolo