quinta-feira, 14 de março de 2013

Kaito x Gakupo

Cheguei em casa tarde da noite vindo da academia e encontrei a casa com as luzes acesas. Berrei um "Querido, cheguei", mas ninguém respondeu, tampouco ouvi passos eufóricos até mim. Sorri cansado e tomei banho. Quando saí do banheiro com uma calça de pijama, caminhei lentamente até o quarto que estava com a luz acesa. Kaito dormia como um gatinho mal embrulhado e senti-me frustrado por ele ter dormido antes de eu chegar.
Desliguei a luz deixando uma fraca iluminação da sala atravessar a porta. Deitei ao lado de Kaito e o embrulhei, ele se remexeu um pouco e abriu os olhos, embebido em sono.
- Gakupo... - chamou-me. Afaguei sua nuca e o pus para dormir novamente. Afastei algumas mechas azuis de seu rosto e beijei carinhosamente sua bochecha.
Percebi o anel dourado na mão que o afagava, o símbolo da nossa união que me deixava feliz mesmo numa onda de imensa tristeza, Kaito sem dúvida era o início, o meio e o fim da minha alegria.
Tal alegria que consegui após conhecê-lo e ele abriu meus olhos e me fez jurar nunca mais ser um cafajeste, eu o devia muito, mas acho que a quantidade de amor que lhe dou é o suficiente.
Resolvi parar de afaga-lo para deixá-lo dormir melhor e deitei de barriga para cima. Batalhei tanto para ser independente das pessoas e acabei obrigado de bom grado a proteger aquele ser com medo de escuro, já podia ser considerado o paraíso na Terra.
Mas e se um dia Kaito resolvesse passar pela porta com suas coisas e nunca mais voltar?
Involuntariamente, lágrimas brotaram dos meus olhos e comecei a soluçar sem premeditação. Enxuguei a água e ele remexeu-se mais uma vez ao meu lado, abraçando-me.
- Você está chorando? - perguntou com a voz rouca e embargada.
- Nada, nada... Apenas não me deixe... - abracei-o forte e assim adormecemos.

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