quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Meus pés frios...

Minha mente permeia um muro de solidão fria
Onde os entalhes de tristeza recebem toda a luz do dia
Os arrepios da morte tocam meus ombros doloridos
Uma tinta cinza pinta meus sonhos descoloridos

Meu sangue congela em minha veia
Meu mundo cabe na minha banheira cheia
Meus pés molhados destoam gota a gota
Minha cabeça pende no colo da minha garota

Canto para a morte desde criança
O laço da minha forca é feito com minha trança
Minha voz sufoca o ar que não quer entrar
Meus pulmões reclamam não querendo mais respirar

Minha doença assola minha mente
Tornando-me mero paciente
Envolto em roupas escuras
Tento encontrar meu fim em todas as ruas

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