Aproximei-me do corte no braço de Karen e pedi, com os olhos pidões, para encostar meus delicados lábios famintos sobre sua pele morena.
Ela acenou positivamente com a cabeça, os cabelos azuis movendo-se com o simples movimento.
Quando quebrei o contato visual, pus meus dedos nodosos em seu braço direito macio e levei o corte à boca.
Minha língua tateou a primeira gota de sangue. Sua forma líquida tornou-se uma pesada e sólida barra de ferro que passou pelo meu paladar ansioso até o fundo da minha garganta clemente. E do mesmo fundo, um ronrono ressoou inebriado pelos meus lábios selados em sua pele.
Minha sede sorveu cada gota, até que seu ferimento cicatrizou e recebi tapinhas na nuca simbolizando que devia parar.
Quando dei por mim, encontrei os olhos heterocromáticos de Karen um pouco assustados.
- Está tudo bem... - falei, ainda com o gosto do fluído vital abraçando minha garganta.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Minha donzela
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