sábado, 19 de maio de 2012

Serentis Infernalis


 - Hm... então... qual o motivo da sua morte?
 - Fui atropelado. - Wolf levantou o rosto.
 - Hm... Trágico... - o homem ruivo de cabelos longos continuou a escrever no pergaminho que colocara no palanque.
 - Então este é o inferno?
 - Sim, senhor Wolf. Os anjos estão em greve e vários caíram.
 - Que azar. - Coçou a cabeça. - Então vim para cá por causa da greve?
 - Certamente sim, lembre-se que todos pecam.
 - Quando poderei entrar? - referiu-se aos portões.
 - Quando preencher o formulário. - deu uma folha para a alma.
 - Que opção é essa, "ressuscitar"?
 - Se quiser voltar a vida...
 - De jeito algum! Inferno ou paraíso, a Terra é um lugar terrível!
 - É, todos dizem isso. - ajeitou os óculos.
Wolf começou a preencher o formulário, lendo atentamente os itens.
 - Que dia é hoje?
 - 1. Nada como uma tragédia para adoçar o dia, não?
 - É... - abaixou a cabeça para o papel. - O... Mestre Lúcifer está?
 - Sim, está ocupado... Grande Rei o Lúcifer. - disse, admirado.
 - E o príncipe Belial?
 - Não, está em missão na Terra.
 - Fascinante! - seus olhos brilharam.
 - Normalmente as almas não se interessam pelos Lordes.
 - Eu estudava demonologia em vida.
 - Estudava por quê?
 - Sempre achei interessante.
 - Hmm... Poderia ser secretário de Baal ou Hitler, se sabe tanto sobre nós.
 - Sim, sei, mas não me recordo do senhor.
 - Sou Grell... Shinigami em treinamento.
 - Não imaginei que existissem de verdade.
 - Hehe, tenho que corrigir meu temperamento de forma intensa, Shinigamis gays e pervertidos não são exemplares.
 - Nossa...
 - Eu aprontava muito na Terra... Aah, mas o Sebastian é tão lindo!
 - Ok ok, parando de viadagem. Terminei o formulário. - entregou o papel.
 - Muito bem. - leu os dados da alma.
 - Já posso entrar?
 - Pode...
Ouviu-se um estalo e os portões se abriram majestosos.
 - Que... É tão fascinante! - havia luz nos olhos do Wolf.
 - É, eu sei. Vamos, entre.
A alma caminhou lentamente para dentro do inferno calorento e ao mesmo tempo agradável, cujo ambiente um humano não aguentaria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fala aí, manolo