domingo, 19 de fevereiro de 2012
Primeiro encontro com o medo
Eu estava vendo aquele monstro asqueroso que rondava meus sonhos de forma insaciável. Ele me dava medo, mas minha voz não se incomodava de se comunicar direito. Seu hálito quente batia em meu rosto como um chicote, brandindo fogo pelas narinas.
- Então, Diego. Sabe o motivo de estar aqui? - perguntou, sentando-se na cadeira branca manchada de sangue.
- Talvez... falar de meus problemas? - tentava medir as palavras antes de dizê-las. - Por favor, eu só queria conversar.
- Grunf... - soltou um resmungo estressado. - Você pensa que os humanos do seu mundinho medíocre vão querer conversar? Cada vida é preciosa, mas poucos fazem valer.
- O que o senhor quer dizer?
- Quero dizer que você é fraco. Se quiser só conversar com os outros eles vão te apedrejar.
- Do que você está falando? - indaguei suavemente, mesmo que estivesse começando a me desesperar.
De repente, chamas surgiram ao nosso redor e o monstro sorriu, mostrando seus dentes afiados.
- Você já vai saber.
E nesse momento, eu acordei. Atordoado, era verdade, mas não se comparava à mancha de sangue que havia em meu peito.
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